Nova técnica permite observar com grande detalhe o comportamento dos animais marinhos
A tecnologia usada para estudar o movimento dos animais tem permitido grandes avanços no conhecimento sobre migrações, comportamento e fisiologia. No entanto, compreender movimentos específicos associados a comportamentos importantes continua a ser um desafio, já que os sensores clássicos apenas registam o movimento num ponto do corpo.
Os resultados da colaboração dos investigadores Pedro Afonso e Jorge Fontes, do Instituto OKEANOS, com colegas internacionais, apresentam uma abordagem inovadora que combina magnetómetros com pequenos ímanes colocados em pontos chave no corpo dos animais.
Esta técnica permite medir, com grande precisão, movimentos específicos e comportamentos que antes eram impossíveis de observar diretamente, ao registar as variações do campo magnético geradas pelos movimentos entre o magnetómetro e o íman.
A equipa testou o método em várias espécies, desde linguados e vieiras até tubarões e lulas, e conseguiu registar detalhes como o abrir e fechar das conchas, os movimentos respiratórios dos opérculos, o movimento da mandíbula durante a alimentação e a propulsão coordenada das lulas.
Esta inovação abre novas possibilidades para estudar o comportamento e a biomecânica de espécies marinhas, incluindo as mais pequenas e frágeis, contribuindo para uma compreensão mais profunda de como vivem e se adaptam os animais do oceano .
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https://doi.org/10.1186/s40317-025-00435-z